Veja como os jogos podem te tornar um estudante melhor com essas super dicas
Embora a educação formal seja a maneira mais facilmente associada à obtenção de conhecimento, há infinitas maneiras de auto-aprimoramento. Fora das salas de aula das universidades, pode soar estranho ou artificial aprender novos conteúdos, mas é justamente o contrário: você às vezes aprende sem sequer perceber.
Não há conhecimento inútil: toda e qualquer informação, mesmo aquela alojada lá no fundo da sua consciência, ajuda a construir uma compreensão maior do mundo que o cerca. Tudo o que ouvimos, lemos e vemos molda tal conhecimento. Basta estar levemente atento que em pouco tempo você se perceberá mais observador e se sentirá mais preparado para desafios.
Um bom exemplo de atividade extracurricular que é de grande ajuda para esse processo são jogos de tabuleiro. Dentro de uma caixa, há uma série de sistemas interconectados com o intuito de promover ao jogador uma determinada experiência. E é a compreensão sistêmica de um jogo – seja ele qual for – que ajuda qualquer um a se tornar não só um aluno melhor, mas uma pessoa mais preparada para a vida em geral.
Naturalmente, cada jogo tem mecânicas – formas de operação, por assim dizer – que se encaixam nesses sistemas. Elas são tão diversas quanto a imaginação dos criadores permite que sejam.
Nesse sentido, além dos jogos de tabuleiro, dois esportes mentais fazem todo sentido como atividade para melhorar o processo de cognição: o poker e o xadrez. Seja no primeiro, nos quais visão espacial e planejamento são premiados, ou no segundo, onde a tomada de decisões e a leitura dos comportamentos dos outros jogadores são fundamentais, a cada partida de qualquer jogo você se torna uma pessoa mais hábil no seu ambiente – e é justamente o tipo de habilidade cuja a educação formal pode não contribuir tanto.
Além desses exemplos, há uma série de outros jogos que exigem que você faça uma tarefa determinada num tempo reduzido. Assim, dentro de um contexto lúdico, você se adapta à necessidade de tomar passos lógicos para atingir um resultado específico sob a pressão do tempo, uma situação que parece simplesmente com fazer uma prova.
Da mesma maneira, há jogos de tabuleiro, como o Scotland Yard, que usam a dedução ou indução como principal mecanismo de funcionamento. A partir de alguns elementos, o jogador deve criar uma hipótese que encaixe todos esses elementos de forma lógica e coesa; um uso de inteligência que é imprescindível durante leituras e estudos.
Se considerarmos que todos os campos de conhecimento não estão isolados entre si, mas que formam um enorme sistema, o conjunto de mecanismos de um simples jogo de tabuleiro são ainda mais bem-vindos. Se um jogo nada mais é do que um sistema de regras, você precisa entender como essas regras isoladas se comportam em conjunto de forma a alcançar um resultado. Dessa maneira você conseguirá o sistema como um todo composto de pequenas partes, e aos poucos começará a se perguntar: se essa regra não fosse assim, mas de outra forma, qual seria o resultado? O que levou a ela ser desenhada dessa maneira? O questionamento das partes de um sistema são essenciais para diversas áreas do conhecimento, como a área jurídica, médica e histórica, apenas para citar três.
O cerne da questão é bastante simples: jogos são uma excelente forma de trabalhar o cérebro, seja identificando conjuntos de regras, tendências das pessoas ao seu redor, entendendo como trabalhar sob pressão, administrar risco e recompensa, ou quaisquer outras tantas tarefas que um jogo possa exigir. Jogar te ajuda a entender suas qualidades, suas fraquezas que podem ser melhoradas, e, no final das contas, você acaba melhor preparado e com o cérebro mais exercitado para todas as tarefas do dia-a-dia.