Entenda o que faz o profissional advogado, onde ele atua e quanto ganha em média.
A advocacia é essencial para que se faça justiça
E isso não é somente um slogan. É um direito previsto na nossa Constituição Federal. Sim, um direito, pois a presença do advogado ou advogada em atos relativos a questões judiciais ou administrativas dá ao cidadão maior garantia de que vera resguardados todas as garantias que lhe são inerentes.
A formação como bacharel não confere a aquele que termina o curso de direito a possibilidade imediata de exercer a advocacia, para que se torne advogado há a necessidade de fazer uma prova e passar nas duas fases.
O que a legislação prevê?
A legislação prevê a realização dessa prova onde são aferidos os conhecimentos adquiridos durante o curso em várias áreas do direito.
O chamado costumeiramente como Exame de Ordem tem como objetivo primordial garantir que o cidadão ao contratar um profissional que tenha sido por ele aprovado tenha condições técnicas de defender seus interesses em qualquer órgão de jurisdição.
O exercício da advocacia exige do seu operador além do conhecimento jurídico tenha também um preparo psicológico, tendo em vista a constante exposição do profissional a problemas que lhe são submetidos para solução diariamente.
Estas situações problemáticas trazem também uma grande possibilidade de extrapolar a seara jurídica exigindo do advogado ou advogada um necessário distanciamento para que não se deixe envolver pela questão que lhe é colocada.
Por este motivo é que, embora permitido, não é aconselhável a atuação em causa própria, pois a separação do que é realmente um direito do que se tem como verdade pessoal muitas vezes não é perceptível, e acaba por deixar a emoção falar mais alto que a razão.
Quem pode advogar no Brasil?
Somente ao advogado devidamente registrado junto a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) é que tem consagrado o poder de atuar na representação do cliente tendo, portanto, a chamada capacidade postulatória.
As áreas de atuação do advogado são diversificadas. Uma simples análise dos ramos que compõem o direito já é possível verificar um grande de número de possibilidades para o profissional.
Quais são as principais áreas de atuação dos advogados?
A área cível é a mais comum abrangendo praticamente todos os aspectos da vida cotidiana. Por exemplo, qualquer obrigação que seja assumida, ou mesmo uma simples compra, é regulada dentro de uma área maior chamada cível, ainda que neste último exemplo possa ser relacionada também ao ramo do direito do consumidor.
Outro ramo de atuação da advocacia que esta no dia-a-dia de todos, são as relações de família. Os divórcios, por exemplo, figuram de forma significativa nas carteiras de advogados, e não raro, se apresentam como um exemplo claro de risco de envolvimento emocional, especialmente em situações em que há questões ligadas aos filhos como guarda, pedidos de alimentos, etc.
As questões relativas à sucessão (heranças) também se colocam no rol de atuação do advogado sendo essencial a sua presença mesmo que seja m as questões resolvidas amigavelmente e mesmo que se de através de cartório de notas (sem o fórum) através de escritura pública.
Também a discussão quanto à legalidade de tributos e sua correta exigência pelos órgãos públicos são passiveis de análise e quando se fizer necessário, discussão junto à administração pública ou mesmo na esfera judicial.
Os direitos dos trabalhadores que constantemente são desrespeitados por patrões que insistem em não aplicar corretamente as regras em busca sempre de um lucro maior prejudicando os direitos do trabalhador.
Mas também atua o advogado para defender o patrão que poderá estar sendo injustamente acionado tanto por má fé do empregado, como por este achar que seus direitos são maiores do que realmente são.
Considerando duas situações, a atuação do advogado em questões ligadas à previdência social se estende tanto na defesa daquele que contribui com a previdência oficial como a litigar em face de um ramo da administração pública.
Em se tratando da administração pública esta também deve ser defendida por advogado ainda que ao receber o nome de procurador, tenda sido admitido ao cargo por concurso público.
Quanto ganha um advogado?
Não existe tabela fixa, o mercado é quem acaba ditando tudo.Existem várias pesquisas e chega-se a um valor médio.
De acordo com consultorias de recursos humanos, um advogado recém-formado ganha entre R$ 2.500 e R$ 4.000, dependendo da região em que atua, da especialização e do porte da empresa contratante (em uma empresa de grande porte, um advogado júnior pode ganhar até R$ 4.500).
Cargo | Salário em empresa pequena | Salário em empresa média |
---|---|---|
Advogado sênior | 4,5 mil a 10,2 mil reais | 6 mil a 10,7 mil reais |
Advogado pleno | 3 mil a 4,8 mil reais | 3,3 mil a 5,7 mil reais |
Advogado júnior | 2,5 mil a 4 mil reais | 3,1 mil a 4,5 mil reais |
Conclusões
Em todos os casos listados acima, leva-se ainda em consideração que qualquer cidadão que não tenha feito uma boa faculdade de direito não é um conhecedor da profundidade das leis, portanto não teria como se defender sozinho de qualquer situação apresentada.
É claro, porém que a imagem que se tem do advogado passa por aquela que se tornou clássica da atuação em um jure popular, quando a pessoa, no caso o réu, é julgado por seus iguais, ou seja, o réu vai em princípio ser julgado por pessoas da comunidade e não por um juiz. Porém, em nosso sistema jurídico isso só ocorre em situações de crimes contra a vida.
Nos demais casos em envolvendo crimes o julgamento se da por juiz singular, sendo de igual importância e imprescindibilidade a presença de advogado garantindo que o cidadão tenha um julgamento justo e respeitados os seus direitos.
A atuação o advogado ainda percorre inúmeros outros caminhos que poderiam ser exaustivamente relacionados, mas o que resta de fundamental é que a garantia da existência de um estado de direito onde as leis não respeitadas, necessariamente deve contar com a segurança de uma advocacia independente.